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Surto de sarampo pode chegar às Américas

  • Foto do escritor: Antonio Leria
    Antonio Leria
  • 22 de fev. de 2024
  • 3 min de leitura
Das seis regiões mundiais monitoradas pela OMS, cinco tiveram aumento de casos

A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que pode haver casos de surtos de Sarampo nas Américas, apesar de a região estar com a doença sob controle no momento. A possibilidade foi reforçada em entrevista coletiva concedida em Genebra, na terça-feira (20/02), na qual a entidade voltou a alertar para o aumento de casos da doença em todo o mundo. "Estamos extremamente preocupados com o que está acontecendo em relação ao sarampo", avaliou a conselheira técnica para sarampo e rubéola da OMS, Natasha Crowcroft. É importante destacar que o combate à doença é eficiente somente com a vacinação das crianças.


Apesar de as Américas não apresentarem o mesmo quadro do restante do mundo, onde o aumento de casos de Sarampo é constante, Natasha Crowcroft parece não acreditar que o continente continue imune aos casos da doença. “Eles (os países das Américas) estão aguentando firme, mas, com o aumento de casos em cinco das seis regiões monitoradas pela OMS, esperamos que haja casos e surtos nas Américas também”, afirmou.


De acordo com reportagem da Agência Brasil, dados mais recentes, segundo Natasha, apontam para mais de 300 mil casos de sarampo reportados ao longo de 2023, um aumento de 79% em relação ao ano anterior. Em 2023, um total de 51 países reportaram grandes surtos da doença contra 32 no ano anterior.


OMS estima que 142 milhões de crianças estejam vulneráveis ao sarampo no mundo

“Sabemos que os números são subestimados”, advertiu a conselheira, ao se referir aos casos subnotificados em todo o mundo. A estimativa é que, em 2022, o número de mortes por sarampo tenha aumentado 43%, totalizando mais de 130 óbitos. “Como os casos aumentaram em 2023, estamos antecipando que, quando fecharmos os dados, o número de mortes também terá aumentado”.


“Olhando para 2024, sabemos que será um ano bastante desafiador”, disse, alertando para casos e mortes entre crianças não vacinadas contra o sarampo. A estimativa da OMS é que mais da metade dos países do mundo sejam classificados como em alto risco ou em altíssimo risco para surtos da doença até o final do ano.


Crianças e vacinação contra o sarampo

A OMS estima que 142 milhões de crianças no mundo estejam vulneráveis ao sarampo por não terem sido vacinadas, sendo que 62% delas vivem em países de baixa e média renda, onde os riscos de surtos da doença são maiores.


Natasha lembrou que, durante a pandemia de covid-19, muitas crianças não foram imunizadas contra o sarampo. Atualmente, a cobertura vacinal global contra a doença está em 83% o que, segundo a representante da OMS, não é suficiente, uma vez que a doença é altamente contagiosa. “Precisamos de uma cobertura de 95% para prevenir que casos de sarampo aconteçam ”, reforçou.


O sarampo no Brasil

Em 2016, o Brasil chegou a receber o certificado de eliminação do sarampo, concedido pela OMS. Em 2018, entretanto, o vírus voltou a circular no país e, em 2019, após um ano de franca circulação do sarampo, o país perdeu a certificação de país livre do vírus.


Dados do Ministério da Saúde mostram que o País passou por um grande aumento no número de casos entre 2018 e 2020. Em 2018 foram confirmados 9.325 casos; em 2019 foram 20.901; em 2020 houve queda para 8.100; em 2021 retrocedeu para 676; e em 2022 foram registrados 44 casos. Em 2022 casos da doença foram confirmados nos estados do Rio de Janeiro, Pará, São Paulo e Amapá.


Atualmente, três tipos de imunizantes previnem o sarampo
A doença

O sarampo é classificado por autoridades sanitárias como uma doença infecciosa grave e que pode levar à morte. A transmissão acontece quando a pessoa infectada tosse, fala, espirra ou respira próximo de outras pessoas.


Os principais sinais do sarampo são manchas vermelhas no corpo e febre alta (acima de 38,5°) acompanhadas de um ou mais dos seguintes sintomas: tosse seca, irritação nos olhos (conjuntivite), nariz escorrendo ou entupido e mal-estar intenso. Após o aparecimento das manchas, a persistência da febre é um sinal de alerta e pode indicar gravidade, principalmente em crianças menores de 5 anos.


A maneira mais efetiva de evitar o sarampo, de acordo com o Ministério da Saúde, é por meio da vacinação. Atualmente, três tipos de imunizantes previnem a doença: a vacina dupla viral, que protege contra o sarampo e a rubéola e pode ser utilizada para o bloqueio vacinal em situação de surto; a vacina tríplice viral, que o protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola; e a vacina tetra viral, que protege contra o sarampo, a caxumba, a rubéola e a varicela (catapora).


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