Quatro dicas sobre os testes rápidos de Covid-19 liberados para serem aplicados em farmácias
- Antonio Leria
- 30 de abr. de 2020
- 3 min de leitura

Com a liberação pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de aplicação do teste rápido para a Covid-19 em farmácias, oficializada na terça-feira (28), muitas pessoas devem estar ansiosas para realizar o teste, para descartar ou iniciar tratamento e providências contra o coronavírus. Mas, é importante conhecer algumas particularidades do teste e saber, desde já, que o resultado não pode ser considerado como 100% eficiente. Veja abaixo quatro dicas sobre o teste de farmácia, ou teste rápido, do Covid-19.
1) O teste deve ser aplicado por um profissional de saúde habilitado:
De acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Saúde e Anvisa, não existe obrigatoriedade das farmácias ou drogarias disponibilizarem o teste, mas os estabelecimentos que o fizerem devem ter um profissional qualificado para a realização do exame, como um farmacêutico formado e treinado. E, de acordo com as diretrizes e protocolos da Anvisa, o estabelecimento deve delimitar fluxo de pessoal e áreas de atendimento, espera e pagamento diferentes para os usuários que buscam os serviços de teste rápido em relação aos que buscam os outros serviços na farmácia.
2) O teste só deve ser aplicado para quem apresenta sintomas da Covid-19 há pelo menos sete dias:
O teste rápido não detecta o coronavírus, mas sim os anticorpos (IgM e IgG) produzidos pelo organismo após a infecção ter ocorrido, por isso a indicação é que sejam feitos a partir do sétimo dia após o início dos sintomas. Isso porque é necessário aguardar alguns dias até que a quantidade desses anticorpos seja detectável em um teste (janela imunológica). Apesar de os estudos mostrarem que a partir do sétimo dia é possível verificar a presença dos anticorpos em testes rápidos, em grande parte dos produtos registrados na Anvisa os resultados mais robustos foram obtidos a partir do décimo dia.
3) Há possibilidade de falto negativo ou falso positivo:
Há a possibilidade de o teste apontar o chamado “falso negativo”, quando o paciente é testado ainda nos primeiros dias de sintomas, ou mesmo o "falso positivo". No estágio inicial da infecção, falsos negativos são esperados, em razão da ausência ou de baixos níveis dos anticorpos na amostra. E o resultado do teste positivo indica a presença de anticorpos contra a Covid-19, o que significa que houve exposição ao vírus, não sendo possível definir apenas pelo resultado do teste se há ou não infecção ativa no momento da testagem.
4) O resultado do teste não deve ser considerado como definitivo:
Os testes rápidos não têm finalidade confirmatória, servindo apenas para auxiliar no diagnóstico da Covid-19. Os resultados devem ser interpretados por um profissional de saúde, considerando informações clínicas e sintomas do paciente, além de outros exames. Só com esse conjunto de dados é possível fazer a avaliação e o diagnóstico ou descarte da doença. Ou seja, o teste rápido fornece apenas parte das informações que vão determinar o diagnóstico da Covid-19. É recomendada a confirmação por ensaio molecular, onde é possível identificar a presença ou não do vírus na amostra testada.
Metodologia do exame. É realizado com amostras de sangue, soro ou plasma. A metodologia é chamada de imunocromatografia, que é a geração de cor a partir de uma reação química entre antígeno (substância estranha ao organismo) e anticorpo (elemento de defesa do organismo). Os resultados obtidos são chamados de IgM e IgG. O resultado sai em até uma meia hora. Em pesquisa na internet é possível encontrar a informação de que o teste custará entre R$ 250 e R$ 350. O site ICTQ, que cobre o setor farmacêutico, publicou reportagem sobre um laboratório que forneceria o teste a farmácias por R$ 99 a R$ 150, dependendo da quantidade a ser adquirida.
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