Duas vacinas contra o coronavírus devem ser aprovadas até o fim do ano
- Antonio Leria
- 1 de jul. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 3 de jul. de 2020

Até o fim do ano, o mundo deve ter pelo menos duas vacinas contra o coronavírus. A estimativa é da imunologista brasileira Daniela Ferreira, que lidera a equipe da Escola de Medicina Tropical de Liverpool responsável por realizar parte dos testes da vacina que está sendo criada pela Universidade de Oxford. No total, 18 centros de pesquisas britânicos estão participando da pesquisa para criação e testes da vacina, entre os quais o grupo chefiado pela brasileira. Em entrevista aos jornalistas Murilo Salviano e Poliana Abritta no podcast "Isso é Fantástico" da Rede Globo, Daniela disse acreditar que a vacina de Oxford e uma outra estarão disponíveis para aplicação até o fim de 2020.
"São mais de 140 vacinas sendo desenvolvidas, das quais mais de 13 estão em ensaios clínicos. A gente vai ter vacina até o fim do ano, e acho que até mais de uma", afirmou Daniela na entrevista. A imunologista explicou que a vacina de Oxford está na fase três de desenvolvimento. "Há apenas três vacinas no mundo que chegaram à essa etapa. A de Oxford foi a primeira", explicou. Além da Inglaterra, a vacina de Oxford já é testada no Brasil e na África do Sul. E há previsão de início de ensaios nos Estados Unidos. Serão mais de 30 mil candidatos testados no mundo.
Vacina da Covid-19 teve desenvolvimento acelerado
A imunologista brasileira explicou que o processo de desenvolvimento da vacina foi acelerado. "O desenvolvimento normal poderia levar anos. A Fase Um foi realizada entre março e abril. Foi um processo bem rápido, mas nenhuma etapa foi pulada", afirmou. Normalmente, antes da vacina ser disponibilizada são quatro fases de testes. "Mas acredito que vão licenciar para uso de emergência só com os dados de segurança e eficácia após a Fase Três. E é possível fazer a coleta final de dados durante o uso emergencial", detalhou Daniela.
O laboratório farmacêutico anglo-sueco AstraZeneca, que participa das pesquisas realizadas em Oxford, terá cerca de dois bilhões de doses produzidas em outubro. "Esse dado já saiu na mídia, bem como a informação de que em setembro já terão os dados de eficácia dessa vacina concluída", comentou Daniela. Reportagem da Agência Brasil, assinada pelo jornalista Marcelo Brandão, publicada na segunda-feira, 29 de junho, diz que a diretora-médica do grupo AstraZeneca, Maria augusta Bernardini, também estima para este ano a disponibilização da vacina para a população. “Esperamos ter dados preliminares quanto à eficácia real já disponíveis em torno de outubro, novembro”, disse Bernardini.
Autorização especial permitirá vacinação antecipada
“Vamos sim analisar, em conjunto com as entidades regulatórias mundiais, se podemos ter uma autorização de registro em caráter de exceção, um registro condicionado, para que a gente possa disponibilizar à população antes de ter uma finalização completa dos estudos”, explicou Bernardini. Segundo a diretora-médica do AstraZeneca, apesar de os voluntários serem acompanhados por um ano, com essa autorização excepcional seria possível distribuir a vacina antes desse período. De acordo com Bernardini, no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem se mostrado disposta a colaborar.
A executiva destacou, ainda, a importância dos testes no Brasil para o desenvolvimento da vacina. "O Brasil é um grande foco de crescimento, de mortalidade, o que nos coloca como ambiente propício para demonstrar o potencial efeito de uma vacina. Para isso precisamos ter o vírus circulante na população e esse é o cenário que estamos vivendo”, disse. Bernardini afirmou, também, que a vacina de Oxford tem vantagem sobre outras em desenvolvimento por, além de usar uma plataforma já conhecida e testada em vírus como Mers e Ebola, funcionaria com uma dose única.
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