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Câncer de colorretal é o segundo mais comum no Brasil

  • Foto do escritor: Antonio Leria
    Antonio Leria
  • 17 de mar. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 20 de abr. de 2020


foto: Ravena Rosa/Agência Brasil

A campanha Março Azul Marinho alerta a população sobre a importância da prevenção do câncer colorretal, tipo que abrange os tumores com início no intestino grosso, especificamente nas regiões chamadas de cólon, reto e ânus. No Brasil, é o segundo tipo da doença mais comum em homens e mulheres (com exceção do câncer de pele não melanoma). O primeiro tipo, nos homens, é o de próstata e, nas mulheres, o de mama. O mês de março foi escolhido para as campanhas de prevenção do câncer colorretal porque o dia 27 é o Dia Nacional de Combate ao Câncer de Intestino.


O Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), vinculado ao Ministério da Saúde, prevê para este ano no Brasil o aparecimento de 20.520 novos casos desse tipo de câncer em homens e 20.470 em mulheres. Em nível mundial, o cirurgião Marcus Valadão, do Inca, especialista em câncer colorretal, informou em entrevista à Agência Brasil que esse tipo da doença é o terceiro com incidência alta em homens, depois dos de próstata e pulmão, e o segundo em mulheres, após o de mama.


Prevenção. O câncer colorretal é considerado uma doença silenciosa porque, na maioria das vezes, não apresenta sintomas em seu estágio inicial. “O ideal é, a partir dos 50 anos, fazer alguma forma de rastreamento, que pode ser pesquisa nas fezes. Se der positivo, a recomendação é fazer uma colonoscopia”, afirma Valadão. Além do rastreamento, a prevenção primária inclui medidas para diminuir o risco de desenvolver a doença, destacou o médico.


Essas medidas incluem dieta rica em fibras, com frutas, verduras e legumes; dieta pobre em carnes vermelhas e gordura animal; e exercícios físicos. “Há vários trabalhos mostrando que o sedentarismo aumenta a chance do câncer colorretal, e o exercício físico protege”, destaca o cirurgião. O aumento de peso, o uso do álcool e o tabagismo também são fatores de risco. O histórico familiar é outro fator de risco para o câncer gastrointestinal, lembrou Valadão. Segundo o médico do Inca, 15% do câncer colorretal são hereditários


Sintomas. Os principais sintomas da doença são sangramento nas fezes, alteração do ritmo intestinal, dor ou desconforto abdominal, tumoração abdominal, perda de peso sem causa aparente, entre outros. Valadão esclareceu, por outro lado, que o sangramento retal está presente também nas hemorroidas (veias ao redor do ânus ou do reto que se inflamam ou dilatam), o que, às vezes, é confundido com câncer. Para saber se além de uma doença hemorroidária há risco de um problema mais grave, a recomendação é que seja feito um exame médico, que envolve exame físico, seguido de endoscópico, que vai detalhar se se trata só de uma doença hemorroidária ou se há um câncer associado.


O especialista do Inca afirmou que quando diagnosticado precocemente, o câncer colorretal tem entre 90% e 95% de chance de cura. “A grande maioria vai ficar curada, quando diagnosticada na fase inicial”. Nos casos mais avançados, a chance diminui. Nos casos metastáticos, em que é possível o tratamento, a estimativa varia entre 50% e 60% de sobrevida em cinco anos. Para pacientes que fazem tratamento paliativo, a sobrevida fica em torno de dois ou três anos. O câncer colorretal é o mais frequente tumor do aparelho digestivo. “No abdome, é o mais frequente, o que a gente mais opera (no Inca)”, disse o cirurgião.

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