Crianças com alimentação saudável podem crescer até 20 cm a mais em média, aponta estudo
- Antonio Leria
- 12 de nov. de 2020
- 3 min de leitura

A comparação do crescimento de crianças e jovens com idades de 5 a 19 anos em estudo realizado pela Imperial College London, do Reino Unido, e publicado na revista científica The Lancet, mostra a importância da alimentação saudável para o desenvolvimento infantil.
De acordo com os resultados, a alimentação dada às crianças em idade escolar pode contribuir para uma diferença média de altura de 20 centímetros, como foi verificado na comparação entre os países com médias mais altas e os com as mais baixas.
Altos e baixos

Foram analisados os dados de mais de 65 milhões de crianças e adolescentes em mais de 2 mil estudos entre 1985 e 2019. Foi concluído que, em 2019, crianças e adolescentes do nordeste e centro da Europa eram os mais altos do mundo. Já os mais baixos eram do Sul e Sudeste Asiático, na América Latina e na África Oriental.
O estudo sugere que, em 2019, os jovens de 19 anos mais altos, com 1m83, viviam na Holanda e os mais baixos, 1m60, viviam em Timor Leste, país do sudeste asiático. Também aponta que jovens de 19 anos de Laos, também no sudeste da Ásia, tinham a mesma altura que meninos de 13 anos da Holanda, 1m62.
Nutrição e ambiente saudáveis

Apesar de reconhecerem que o papel da genética na definição de altura e peso das crianças, os pesquisadores afirmam que quando se trata de populações inteiras, a nutrição e o ambiente são fundamentais.
"Nossas descobertas devem motivar políticas que aumentem a disponibilidade e reduzam o custo de alimentos nutritivos, pois isso ajudará as crianças a crescerem mais sem ganhar excesso de peso para sua altura", afirma a pesquisadora Andrea Rodriguez Martinez, do Imperial College London.
Importância da merenda escolar

A pesquisadora destacou ainda que pesos e alturas saudáveis na infância e adolescência propiciam benefícios para toda a vida. E salientou a necessidade de iniciativas para se atingir esse objetivo. "Essas iniciativas incluem vale-alimentação para alimentos nutritivos para famílias de baixa renda e merenda escolar saudável gratuita"
O professor Alan Dangour, da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, cobra providências de governantes "Pela primeira vez, esta análise global focou no crescimento de crianças e adolescentes em idade escolar e identificou que os governos em todo o mundo não estão fazendo o suficiente."
Como garantir alimentação saudável de seu filho

A introdução alimentar deve começar aos 6 meses, segundo as recomendações da Organização Mundial da Saúde, destaca o pediatra Carlos Nogueira, diretor do Departamento de Nutrologia Pediátrica da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), em material divulgado pela revista Crescer na internet.
Para uma alimentação balanceada, Nogueira ressaltou que é necessário oferecer às crianças alimentos de todos os grupos alimentares desde o início.
Seguir a pirâmide alimentar

“Na pirâmide alimentar, os alimentos são divididos de acordo com suas funções. Entre eles estão as leguminosas (feijões, lentilha, grão-de-bico etc.), os cereais (aveia, milho, arroz etc.), os tubérculos (mandioca, inhame, cará etc.), as carnes, os laticínios (leite e derivados), as frutas e as hortaliças", detalhou Nogueira.
"Não podemos nos esquecer também do grupo das gorduras, óleos e açúcares, que devem ser consumidos pontualmente, dependendo da idade da criança”, acrescentou o diretor da Abran.
A importância do café da manhã

Especialista em nutrição pediátrica, a nutricionista Claudia Banduki destacou a importância do café da manhã no dia a dia dos pequenos. “É preciso quebrar o jejum matinal. Do contrário, as crianças podem ficar sonolentas e sem energia, o que pode até mesmo atrapalhar o desempenho escolar”, alertou.
Os especialistas destacaram, ainda, a importância da alimentação na imunidade. A deficiência de ferro causa anemia, o cálcio é importante para o desenvolvimento dos ossos, o zinco para a produção de células de defesa no sangue e as fibras para absorção de nutrientes, para citar apenas alguns exemplos.
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