Consumo abusivo de álcool cresce 20% no Brasil em 13 anos; conheça oito doenças ligadas ao vício
- Antonio Leria
- 6 de mai. de 2020
- 3 min de leitura

O consumo abusivo de bebidas alcoólicas cresceu 19,7% entre a população brasileira nos últimos 13 anos, segundo dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde. A metodologia considera abusivo a ingestão de cinco doses para homens e quatro doses para mulheres em uma única ocasião nos últimos 30 dias anteriores à data da pesquisa. O Vigitel é uma pesquisa telefônica feita com maiores de 18 anos, nas 26 capitais e no Distrito Federal, sobre temas relacionados à saúde.
Segundo dados do Vitigel 2019, divulgados no Boletim Epidemiológico de Abril da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, o consumo abusivo de álcool subiu de 15,7% em 2006 para 18,8% no ano passado. O objetivo do Vitigel é conhecer a situação de saúde da população para orientar ações e programas que reduzam a ocorrência e a gravidade de doenças. No ano de 2019, foram realizadas 52.443 entrevistas com adultos residentes nas capitais e no Distrito Federal, com duração média de 12 minutos, variando entre 4 e 58 minutos.
Homens x Mulheres. De acordo com dados do Vigitel 2019, o consumo abusivo de álcool é muito mais alto entre os homens do que entre as mulheres. O índice obtido entre os homens foi de 25,3%, enquanto entre as mulheres, de 13,3%. Outro dado importante é que quanto maior a escolaridade, maior é o índice de consumo abusivo de álcool. Para as pessoas com 12 anos ou mais de escolaridade, a proporção daquelas que consomem álcool abusivamente é de 23,1%. Já aqueles com 9 a 11 de escolaridade é de 20%. Para as pessoas com 0 a 8 anos o índice é de 12,4%.
A faixa etária em que o consumo abusivo de álcool é maior, de acordo com a pesquisa, é entre 25 e 34 anos, em que o índice é de 26,3%. Já as pessoas com menor índice se concentram na faixa de idade mais avançada, acima de 65 anos: 4,1%. O segunda menor índice é observado entre as pessoas com idade de 55 a 64 anos, com 11,2%; seguido de 45 a 54 anos, com 15,8%; depois de 34 a 44 anos (20,9%); e, por fim, de 18 a 24 anos (25,8%) - faixa etária em que o consumo abusivo só é menor do que entre 25 e 34 anos.
Doenças comuns. São bastante graves e muitas vezes de difícil tratamento as doenças causadas pelo consumo exagerado do álcool. De acordo com artigo assinado pelo clínico geral Arthur Frazão no site Tua Saúde, apesar das consequências imediatas do uso de álcool serem, geralmente, pouco graves (como perda da coordenação ao andar ou falar e falha na memória), o consumo prolongado pode afetar praticamente todos os órgãos de forma séria. O artigo relaciona as oito principais doenças provocadas pelo álcool e as formas de tratamento. Veja enfermidades citadas pelo médico:
Gastrite - inflação na parede do estômago, frequentemente causada pelo álcool, causa sintomas como perda de apetite, azia, náuseas e vômitos;
Hepatite - inflamação do fígado, cujos episódios repetidos levam a cirrose hepática, quando as células do fígado são destruídas e o órgão deixa de funcionar;
Impotência -o excesso de álcool pode levar a lesão dos nervos e provocar impotência no homem, e na mulher pode causar a infertilidade;
Infarto - o consumo exagerado de álcool por longo período pode provocar doenças cardiovasculares como infarto ou trombose;
Câncer - o álcool em excesso está ligado ao surgimento de sete tipos de câncer: faringe, laringe, esôfago, fígado, cólon, reto e mama;
Pelagra - doença que provoca acastanhamento de diferente partes do corpo, como face e mãos, causa coceira frequente e diarreia constante;
Demência - doença caracterizada pela perda da memória, dificuldade de falar e mover-se. Pode levar a dependência para comer, beber e tomar banho;
Anorexia Alcoólica - é um distúrbio alimentar em que a pessoa ingere a bebida alcoólica no lugar de alimentos. Pode levar a anorexia da bulimia.
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