Agosto Dourado, mês de incentivo a amamentação: amamentar previne doenças na criança e na mãe
- Agência Brasil
- 25 de ago. de 2021
- 2 min de leitura
Aleitamento materno previne doenças infeccionas nas crianças e, a médio prazo, também a obesidade. Já nas mães reduz risco de câncer de mama e ovário
Para a criança, o aleitamento materno promove menor prevalência de doenças infecciosas como otite, pneumonia, gastroenterite. Os efeitos a médio e longo prazo para a saúde da criança amamentada são a menor possibilidade de desenvolver obesidade, dislipidemias, doenças alérgicas.
Conforme publicamos em um post anterior, a importância da amamentação para o pleno desenvolvimento das crianças é o tema da campanha Agosto Dourado, criada em 1992 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Vale lembrar que, de acordo com a OMS e o Unicef, cerca de 6 milhões de vidas são salvas anualmente por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de idade.
“É um alimento específico, com todos os nutrientes, proteínas, fatores de proteção imunológica, gordura e micronutrientes”, afirma o pediatra Roberto Mário Issler, membro do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e professor de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

“Pesquisas mais recentes têm mostrado que existe quase uma unicidade entre o leite da mãe e a criança, ou seja, trata-se de uma secreção quase que personalizada individualmente em seus componentes”, acrescenta Issler.
Mãe tem menor risco de câncer de mana
O pediatra também salienta os benefícios para a mãe. “A mulher que amamenta tem menor prevalência de câncer de mama e de ovário. Oferece uma série de estímulos sensoriais pelo contato entre mãe e filho, com efeitos na formação de vínculos afetivos entre os dois”, complementa.
A recomendação de entidades e especialistas é o aleitamento materno exclusivo por seis meses e complementado até os dois anos ou mais. Mas, na opinião da consultora de amamentação Amanda Sena, especialista da clínica Theia, de saúde centrada na mulher gestante, até um ano de idade o leite humano é o principal alimento do bebê, a alimentação sólida é que é complementar nesse período.
“Tanto que é comum perceber alimentos inteiros nas fezes do bebê, ou seja, seu organismo ainda não consegue digerir aquele alimento para usar os nutrientes. Após esse período, embora a criança já possa estar aceitando bem a comida sólida, o leite humano ainda é importante fonte de alimento, fornecendo nutrientes e energias de fácil absorção”, observa a consultora.
"O corpo da mulher continua a produzir um leite nutritivo durante toda a amamentação, ele nunca será só água"
Amanda cita os anticorpos que continuam a serem passados da mãe para o filho, e ajudam na prevenção de infecções. "O corpo da mulher continua a produzir um leite nutritivo durante toda a amamentação, ele nunca será só água. Assim, a amamentação prolongada vai ser uma excelente fonte de energia, nutrientes e proteção para a criança, e também uma continuidade da relação mãe-bebê. Não há motivos para indicar o desmame quando mãe e criança estão bem e felizes”, defende Amanda.
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