Dor abdominal, diarreia crônica e sangramento são alguns dos sintomas apresentados nos pacientes acometidos por Doenças Inflamatórias Intestinais (DII). "São doenças crônicas que inflamam o trato gastrintestinal provocando principalmente feridas (erosões, úlceras) e que se não diagnosticadas e tratadas adequadamente podem trazer complicações sérias para o paciente", explica o gastroenterologista Alexandre de Sousa Carlos, membro do corpo clínico dos hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein, em artigo publicado no site do Hospital Novo, de Atibaia.

Nesta terça-feira, 19 de maio, comemora-se o Dia Mundial das Doenças Inflamatórias Intestinais (DII), data em que profissionais de saúde e órgãos médicos, principalmente os ligados a essa especialidade, reforçam a mensagem de prevenção, no sentido de diagnosticar essas doenças o quanto antes para garantir o tratamento adequado para controlar seus sintomas e garantir a qualidade de vida do paciente. As DIIs são representadas pela Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa.

Sintomas. De acordo com o artigo do gastroenterologista Carlos, as DIIs geralmente atingem pessoas na faixa etária de 20 a 40 anos, mas podem acometer pacientes com qualquer idade. "Os sintomas variam conforme a parte do órgão afetada sendo os mais comuns: diarreia crônica, dor abdominal, náuseas, vômitos, deficiências vitamínicas principalmente de ferro e vitamina b12, perda de peso, aftas orais, fístulas, fissuras anais", explica o médico em seu texto. Ainda de acordo com o artigo, situações como infecções ou estresse podem ser gatilhos para essas doenças.

A Doença de Crohn pode causar outros sintomas como febre e enfraquecimento, devido a dificuldade de absorver nutrientes causada pela enfermidade, segundo texto publicado no blog do Doutor Drauzio Varela, assinado por Maria Helena Varella Bruna. A Retocolite Ulcerativa tem manifestações específicas como aparecimento de caroços e secreções na região do ânus, emagrecimento inexplicado, manchas na pele, olho vermelho e dores articulares, de acordo com texto publicado no site do Hospital 9 de Julho.

Tratamento. O tratamento da Doença de Crohn é voltado para a contenção dos processos inflamatórios, além de alívio dos sintomas. Nas fases mais críticas pode ser preciso a utilização de corticosteroides ou ainda drogas imunossupressoras que levam a períodos de remissão. Os portadores da doença não devem fumar e a prática de atividades físicas, recomendadas pelo médico, são aconselhadas. É necessário, ainda, alguns cuidados com a alimentação, como evitar alimentos ricos em gorduras e fibras. Situação de estresse devem ser controladas.

A Retocolite Ulcerativa também apresenta como uma de suas bases de tratamento a redução da inflamação do intestino. A maior parte dos pacientes responde bem a remédios de ação local, os aminossalicilatos. Como na Doença de Crohn, nos casos graves pode ser necessário apelar para imunossupressores mais potentes. O controle alimentar também é recomendado. Devem ser evitados alimentos lácteos, ricos em gordura e fibras, álcool e café. Também é aconselhável que o paciente faça apenas pequenas refeições, entre cinco e seis ao dia.

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